E como eu AMO falar sobre tudo aquilo que eu amo… haha’ Vamos falar da área hospitalar. Para quem ainda tem vontade em aprofundar o conhecimento sobre as áreas de atuação, o post anterior traz essa informação para vocês –> Áreas de atuação da Psicologia . Seguindo então com minha paixão sobre a vida de um psicólogo hospitalar (pelo menos do que OUVI dizer), quero compartilhar uma experiência incrível que tive no 2° semestre quando tivemos que fazer uma entrevista com uma psicóloga da área para nossa disciplina de Psicologia Geral. E, vamos lá!
A nossa entrevista ocorreu no hospital da Santa Casa de Rio Claro/SP e com certeza fiquei de boca aberta! Nossa querida entrevistada contou sobre seu cotidiano, as dificuldades e maravilhas de estar atuando no ambiente hospitalar. Eu já gostava antes, me apaixonei mais ainda depois. Ela nos contou que trabalhar no hospital faz com que seus dias sejam totalmente imprevisíveis, pois realmente são muitas surpresas em um ambiente onde a saúde das pessoas está debilitada e muita mudança repentina pode ocorrer. Me lembro de ela ter relatado que algo difícil de enfrentar é a questão de em um dia você estar com um paciente muito bem e no dia seguinte chegar para trabalhar e receber a notícia de que o mesmo veio a falecer.
Os fins de semana também são em algumas vezes inconstantes, simplesmente pelo fato de que você pode estar tranquilamente em uma reunião familiar, tendo seu dia agradável e feliz e acabar recebendo uma ligação do hospital com uma notícia de morte chegada de um paciente com algum trauma grande e ser solicitado para comparecer e oferecer o apoio ao paciente e familiares. Mas, não são apenas tristezas… Esse trabalho oferece uma gratificação principalmente quando você tem oportunidade de ver pacientes totalmente recuperados e saber que parte desse processo glorioso foi em função do seu trabalho e empenho. E também tem aqueles pacientes que criam afeto e gratidão pelo que você representou à ele!
O ponto que, particularmente eu enxergo como mais complexo nesta área e que demonstra o real desafio de estar ali, é que na grande maioria das áreas a Psicologia atua como forma preventiva, já no hospital não é a prevenção que acontece, mas a aceitação das condições em que o paciente já está, e muitas vezes a condição do mesmo é uma fase terminal. Sim, é muito triste! Mas essas pessoas merecem e precisam do apoio e é exatamente por isso que é LINDO o psicólogo que escolhe essa área, para mostrar ao próximo que ele não precisa enfrentar sozinho essa situação, seja o próprio paciente, seja a família, as crianças.
Além do contato e trabalho árduo com pacientes, o psicólogo também precisa do apoio das outras áreas da saúde ali presente e realiza trabalho de projetos e grupos entre os próprios funcionários do hospital, pois a saúde mental e emocional não deve ser apenas de quem é cuidado, mas também de quem cuida!
Gente, parece deprimente e dramático, mas é uma realidade que devemos encarar, analisar e ajudar como possível! É difícil, mas também apaixonante e pra quem sente que tem o dom, porque não é só querer, é ser capaz, então vamos entrar nessa!!!
Um enorme beijo, e para os futuros psicólogos da área, que seja muito abençoada sua jornada. Para todos os que já atuam nesse campo, meu reconhecimento e gratidão à todos! 😉
Agoora…. vamos colaborar aí e deixar nos comentários suas experiências, vontades, paixões pela área…
Valeeu Ψ
Vida de uma futura Psicóloga 